Memórias de um nihonjin de poucas palavras (III-Final)
Mesmo tendo dificuldades, ditian conseguiu se estabelecer na cidade. Sem saber que rumo tomar para suceder o pai, descobriu seu principal hobby. E é através dessa paixão que se descobre como uma das ramificações da família Kawasaki fincou raízes no Brasil, surgindo parte das gerações nissei (segunda geração, meu pai) e sansei (terceira geração, eu e meu irmão). Com tantas vezes repetindo “diploma”, pude reparar que sua posição na conversa estava desconfortável. Não posso mais deixá-lo na defensiva. Melhor mudar de assunto. _____________________________________________________________ - Mesmo não tendo estudado, ainda assim o ditian tinha bastante conhecimento em fotografia né? – foi um tiro no escuro... - Ah sim! – então ele abriu um largo sorriso e levantou a cabeça, orgulhoso. Fomos dar uma volta ao passado. – Lembro quando comprei minha primeira câmera com bateria de Baquerite em Marília. Na frente de casa tinha um estúdio fotográfico e ia com um amigo lá pra fazer a revelação....