Desaparecem as Cores do Kodachrome ou os Cantos da Coroa?

Bom, depois de dois posts sendo um mala reclamando da vida, já tava na hora de postar algo mais light, certo? Por isso vou juntar nesse post duas de minhas diversões favoritas, música e videogame.

Quem já jogou Super Smash Bros Brawl sabe que a trilha sonora do jogo é fan-fucking-tastic, contando inclusive com um tema de abertura cantado em latim. Você encontra desde ritmos medievais (Attack e o medley de Ocarina of Time estão entre minhas favoritas), espaciais (Starfox Main Theme e Breaking Through the Ice são de fazer inveja aos fãs de Star Wars), e até um beat mais "tropical" ou com batuques que lembram um ritmo mais folk (Yoshi's Story Ending e Pikmin World Map 2 são claros exemplos). Tem até um jazz pop bem nervosinho, com Meta Knight's Revenge. Não fosse um jogo, Smash Brawl seria também uma obra prima para os ouvidos.

Uma das franquias mais curiosas de estar no jogo é Metal Gear Solid. E a trilha instrumental dessa série por si só é fantástica, dando a sensação de vigilância e espionagem sempre presentes nas missões de Solid Snake.

A trilha que mais me tocou, no entanto, foi Calling to the Night, cantada pela desconhecida Natasha Farrow, tema esse lançado para os títulos Metal Gear Solid Portable Ops e Metal Gear Portable Ops Plus e que também está em Smash Brawl. Não só por ser mais um tema cantado, mas a canção também fascina pela letra melancólica e épica, que seria digna de uma trilha sonora de um filme de guerra, já que fala de um ambiente sendo aniquilado, deixando nada para contar história.

O ritmo, que começa lentamente com o toque do piano e de uma flauta, faz uma alusão ao despertar de alguém desacordado após um grande ataque, admirando o que houve ao seu redor. Ao culminar com o rufar dos tambores ao fundo, a música faz uma metáfora ao desespero dos sobreviventes do combate, que sentem o isolamento se impregnando na terra seca e sem vida, em que as cinzas dos homens permanecem como a memória daquilo que era o lugar antes de virar um campo de batalha. A música encerra com uma mensagem de esperança, alegando que o coração irá permanecer como um resquício dos bons tempos, ainda ouvindo ecos além do horizonte, sempre clamando pela noite.

Nossa, viajei legal, foi mal. Enfim, dá pra curtir de monte essa música. Pensei até em usá-la para uma das aulas de Fun Class da escola em que trabalho. Mas tudo foi por água abaixo quando perguntei à uma colega, que também é teacher, o que ela achava da música. Ela ouviu e só disse:

- Nem rola. Os alunos vão dormir.

O pior é que ela tá certa. Tem que ser algo mais agitado. Mas não TÃO agitado (eles odiaram Circus de Britney Spears, e não é pra menos, é a Britney, hahaha). Por isso partilho com os leitores do blog essa peça muito desconhecida, mas que vale a pena ouvir. Aperte o play e enjoy it! O video já conta com a letra:





Só um detalhe: procurei o site de letras de música do Terra e me aparecem com a letra errada da música! Leiam a que está no site brasileiro (atenção, esta está ERRADA! A LETRA CORRETA ESTÁ NO VÍDEO ACIMA):

Through the night, to the day
When everything is gone
Carry the soul away from the dryness

In the sun we see, fighting over lives
All our dreams and wishes
We send home for safe keeping
Fighting for what’s right

Calling to the night, to dream
Forgain in the light
Waiting for a storm to rise
Feel the isolation fleeting
Calling to the night, to be, or not to be fighting here
Leaving without you, leaving my soul behind
Calling to the night, corners of golden crown fade with time

Calling to the night, for us, for every single life
All the ashes of men remain as a perfect memory
Calling to the night

But the heart will remain, as a silhouette of time
Hear the ringing echoes in the splitting horizon
Calling to the night

Mas onde está errado? O título do post dá uma das dicas. O link do YouTube conta com uma foto do CD da trilha do jogo, comprovando que é a letra certa. É só clicar no link incluso na descrição pra conferir.

Por isso, não confie em tudo que vê por aí! Terra, que coisa hein...

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